Também conhecida popularmente como Raia Pintada (cuidado para não confundir, pois existe outra arraia com este nome – “Pintada”), a Chita possui corpo losangular com a cabeça arredondada, não muita destacada, e focinho pontudo bem pronunciado. Em seu dorso, da nuca até a cauda, distribui-se uma fileira longitudinal de espinhos. Mais duas fileiras destes mesmos espinhos são encontradas. Apresenta nadadeira caudal muito pequena e duas nadadeiras dorsais próximas à extremidade da cauda.
Atingindo no máximo 1,5 metros de comprimento e 30 Kg , a maioria dos exemplares não ultrapassa os 70 cm e 10 Kg na média. Os “pequenos filhotes” já nascem com 15 cm. Pode ser encontrada em todas as águas tropicais do Atlântico. No Brasil ocorrem mais freqüentemente no Sudeste e Sul do país. São animais bentônicos, costeiros e de águas relativamente rasas. Durante o dia são vistas repousando no fundo de areia, lama ou cascalho e à noite, quando tornam-se mais ativas, passam a se movimentar à procura de pequenos peixes, moluscos e crustáceos (fiquem atentos mergulhadores noturnos). Mimetizadas com o substrato, ficam de tocaia esperando que a futura presa se aproxime para um rápido e certeiro bote. Cobrem a vítima com suas peitorais para posteriormente devorá-la.
A Rajidae, família a que pertence esta arraia, é a única que possui espécies ovíparas. Seus ovos membranosos e retangulares possuem prolongamento em cada vértice que servem para fixá-los ao substrato. Colocam cerca de 20 ovos por postura.
Com uma carne considerada de razoável qualidade, a Chita freqüentemente aparece nos mercados, normalmente fresca. Costuma também ser utilizada como isca por pescadores. São capturadas com arrasto de fundo e de praia.
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